segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Unidade 1 - Literatura e Linguagem

      
Nem todos os povos e culturas chegaram a ter domínio da escrita. Apesar disso, praticamente todos eles tiveram algum tipo de manifestação literária.
Literatura é linguagem, é a arte da palavra. Conhecê-la equivale a compreender um pouco de nossa história e de nossa condição humana.

Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e a estrela lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
(Paulo Leminski. Melhores poemas de Paulo
Leminski. Seleção Fred Góes e Álvaro Marins.
4. ed. São Paulo: Global, 1999. 133.)


Projeto: Literatura em cena
  •  Produção e montagem de uma mostra sobre leitura, livros e/ou literatura.

         Participe das atividades a seguir, individualmente e em grupo, de acordo com as orientações do seu professor. 
         No dia combinado, todos devem trazer seus depoimentos e apresentá-los na mostra que tenha por título Literatura em cena, ou outro que quiserem. Convidem outras turmas, professores, funcionários, amigos e familiares para o evento. 

PROJETO: 
Literatura em cena
  
1. Leitura, livros e literatura
        Na introdução do seu livro didático você tem alguns depoimentos de escritores e profissionais de várias áreas sobre esse assunto. Leia outros depoimentos no painel a seguir. Depois, considerando sua experiência, escreva um pequeno texto, dando seu depoimento sobre leitura, livros e/ou literatura. Quando terminar, releia-o e passe-o a limpo. junte-o aos de seus colegas e afixe-o no mural da classe ou da escola sob o título sugerido acima, ou outro que quiserem, de acordo com as instruções de seu professor. No dia combinado para a mostra, coloquem uma mesinha ou carteira ao lado do mural, deixem lápis e papel à disposição dos convidados e convidem-nos a escrever sobre a experiência deles com os livros e literatura ou façam sugestões de livros, recendo um pequeno comentário sibre eles. Peçam-lhes que afixem também no mural seus depoimentos.
           Depois, se sua escola dispuser de um site na internet, coloquem alguns desses depoimentos na página de abertura ou em outro local, fazendo a devida chamada. 
 

Literatura: vivência

        A literatura é porta para variados mundos que nascem das várias leituras que dela se fazem. Os mundos que ela cria não se desfazem na última página do livro, na última frase da canção, na última fala da representação nem na última tela do hipertexto. Permanecem no leitor, incorporados  como vivência, marcos da história de cada um.
          Tudo o que lemos nos marca.
(Marisa Lajolo. Literatura: leitores & leitura.
São Paulo: Moderna, 2001. p. 44-45)


Uma vida entre livros

     Através da literatura, se enriquece o espírito, se adquire conhecimento do mundo (ser humano, sociedade, etc.) e se tem o prazer de dar largas à imaginação, sentindo emoções que, sem ela, possivelmente não existiriam. A literatura sempre foi parte da minha vida. A leitura me distraiu, me encantou, ampliou meus horizontes, a ponto de não poder imaginar o que seria minha vida sem os livros - certamente um vazio assustador.  
     (José Mindlin, empresário e bibliófilo)


A cada livro um novo aprendizado 

         A literatura tem algo de mágico, permite viajar, no melhor sentido da palavra, ingressar no pensamento alheio, vivenciar outras experiências. E também é revolucionária, no sentido de permitir a transformação da vida. Há livros fundamentais. Depois de lê-los, o leitor nunca mais será a mesma pessoa.

(José Renato Nalini, juiz e professor)


A leitura como ato essencial da vida


       Como arfar sem a presença de um livro que nos ensina a viver melhor que a própria vida? A vida precisa do livro para não ser inconsequente. Para não ficarmos sujeitos à pausterização social. Ler é um maravilhoso ato de rebeldia, de resistência, de encantamento. De um fruir comovedor.
(Nélida Piñon, escritora)
(www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/biblioteca/biblioteca.asp?sid=0981031...)


Alívio na solidão

         Não existe apenas um modo de ler bem, mas existe uma razão precípua para ler. Nos dias de hoje, a informação é facilmente encontrada, mas onde está a sabedoria?  Se tivermos sorte, encontraremos um professor que nos oriente, mas, em última análise, vemo-nos sós, seguindo nosso caminho sem mediadores. Ler bem é um dos grandes prazeres da solidão; ao menos segundo a minha experiência, é o mais benéfico dos prazeres. Ler nos conduz à alteridade, seja à nossa própria ou à de nossos amigos, presentes ou futuros. Literatura de ficção é alteridade e, portanto, alivia a solidão. 


(Harold Bloom. Como e por que ler. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2001. p. 15)


Nada substitui o valor da leitura

         A leitura equipa o indivíduo com conhecimento em conteúdo, permitindo que ele tenha articulação para se colocar na sociedade e produzir opiniões próprias. A ficção nos transporta para mundos distintos do nosso, ampliando nossas possibilidades de ver realidades diferentes, com toda sua riqueza, complexidade e diversidade. Além disso, é entretenimento, diverte.

 (Patrícia Melo, escritora)


Somos frutos das obras
         Meu avô, Maurício Rosenblatt, foi editor da antiga editora Globo, em Porto Alegre, onde trabalhava com Érico Veríssimo, seu amigo da vida inteira. Depois passou para a José Olympio, outra grande editora. A casa de meus avós era repleta de livros. Era uma festa, os amigos se reuniam muito lá. Isso com certeza teve influência na ideia que faço até hoje de literatura - e não só de literatura, mas de mim mesmo.
       Os livros estão sempre nos revelando novas formas de pensar e de sentir. Eles exercem influência determinante em nossa vida psicológica e afetiva, mas do que podemos imaginar. Há coisas que só percebemos através daquilo que lemos. Somos frutos das obras. Por outro lado, os livros só têm importância... se tivermos importância para eles.
       A leitura, aos poucos, me ensinou a perder o medo dos livros. Daí para a frente, todo bom livro é nutrição - e eu me alimento de tudo. A literatura é essencial e revigorante na minha vida; sem ela, eu me sinto oco - naquele "oco sem beiras" de que fala o Guimarães Rosa.

(Arthur Nestrovski, professor e escritor)


2. Ler é prazer

        Selecionem  alguns textos literários que considerem bonitos: poemas, trechos em prosa de romances que leram, crônicas, falas de personagens, pensamentos, trechos engraçados ou tocantes, etc. Copiem-nos em folhas separadas ou digitem-nos. se quiserem, ilustrem-nos com desenhos ou colagens, ou façam molduras, usando cores ou pequenos desenhos de computador.
         Em outro mural da classe ou da escola, ou numa parede, afixem esses textos sob o título sugerido, ou outro que quiserem. No dia combinado para a mostra, convidem as pessoas para a leitura e apreciação desses textos.

Fique ligado! Pesquise!

        Para você ampliar seus conhecimentos sobre linguagem, literatura e artes, eis algumas sugestões:
 
VÍDEOS:
  • Em busca da terra do nunca, de Marc Forst
  • Moça com brinco de pérola, de Peter Webber
  • O carteiro e o poeta, de Michel Radford
  • Cinema paradiso, de Giuseppe Tomatore
  • O baile, de Etore Scola 
  • Razão e sensibilidade, de Ang Lee
LIVROS:
  • O que é literatura, de Larisa Lajolo (Brasiliense);
  • O que é poesia, de Fernando Paixão (Brasiliense);
  • Os cem melhores contos brasileiros do século, de Ítalo Moriconi,org.(Objetiva);
  • Artes e partes, de Quino (D. Quixote); 
  • Só dói quando eu respiro, de Caulos (L&PM);
  • Moça com brinco de pérola, de Tracy Chevalier.
MÚSICA:
  • Língua, de Caetamo Veloso (Velô).
SITES: 

  •  www.mundocultural.com.br/biblioteca/
  •  www.jornaldepoesia.jor.br/camoes.html
  • www.museuhistoriconacional.com.br/mh-e-212.htm 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Portfólio: o que é e a que serve?



Georfrávia Montoza Alvarenga
Doutora em Educação, Docente do Depto. de Educação da UEL,
Coordenadora do Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Avaliação Educacional da UEL
geomontoza@aol.com
 
Nos últimos 10 anos tem proliferado livros, dissertações e teses sobre avaliação, abordando a questão por vários ângulos. Alguns desses trabalhos são provocativos e estimulantes. Alguns teorizam com segurança sobre formas de avaliar, que gerem menos tensão que as práticas atuais, mostrando que muitas das formas utilizadas estão ultrapassadas e se faz necessário uma ruptura com o malogro que estamos experimentando. Temos uma série de dúvidas para as quais os conhecimentos especializados não oferecem resposta. Este é um texto sobre meus primeiros movimentos na abordagem de avaliação através de Portfólio e não se presta a conclusões definitivas. Apenas faço uma tentativa de reunir alguns princípios e propor uma forma de avaliar que pode beneficiar o professor que pretende mudar um pouco seu cotidiano e o aluno que pretende desenvolver um pouco mais suas competências e habilidades. A idéia é mudar o paradigma do professor muito ocupado com “dar o conteúdo” e “preparar provas”, auxiliando-o a usar o seu saber e experiência para alterar a relação pedagógica, avançando para uma prática avaliativa mais viável e adequadas às  necessidades do profissional para o milênio que se inicia.
Uma concepção mais caracterizada, uma prática transformadora, contextualizada e negociada pode começar a ser construída tendo a avaliação dentro do processo didático e não fora dele. A avaliação formativa é a mais indicada para esse objetivo, pois, é talvez a única que auxilia o aluno a apropriar-se das aprendizagens curricularmente estabelecidas. Esta avaliação acontece na intimidade da sala de aula onde a relação professor-aluno é mais estreita, especialmente na auto-avaliação feita pelo aluno e pelo professor individual e/ou coletivamente (Cortesão, 1993). A prática dessa avaliação requer que as metodologias intensifiquem o inter-relacionamento entre aluno-aluno e professor-aluno e oportunize ao aluno compreensão sobre seus processos de aprender. Observar, registrar e agir frente aos sinais enviados pelo aluno durante o processo ensino-aprendizagem e usar esses sinais para intervenções é o que se espera desta prática avaliativa (Cortesão, 1993, Perrenoud, 1999).
Uma das formas que tem demonstrado efeitos positivos e que cumpre requisitos da avaliação formativa é o Portfólio.
Se na abordagem hoje utilizada nos cursos da área da Saúde (PBL) espera-se que o aluno faça auto-monitoramento dos conteúdos propostos, responsabilizando-se ativamente por sua própria aprendizagem e que estimule proveitosamente a inteligência na prática, espera-se também uma avaliação condizente.
À medida em que a intenção de moldar e dirigir vai sendo substituída pela idéia de olhar o ser humano como capaz de selecionar, assimilar, projetar, interpretar, entre outras habilidades, a avaliação precisa ter conotação construtiva. O Portfólio é um instrumento que permite ao instrutor observar no aluno, a capacidade de resolver problemas e o desenvolvimento de competências  específicas através dos projetos que propõe e participa, além de fornecer uma série de  outras informações sobre os conhecimentos e atitudes, objetos da proposta curricular.
Portfólio, uma coleção dos trabalhos realizados pelo aluno, que permite acompanhar o seu desenvolvimento. Permite ainda analisar, avaliar, executar e apresentar produções  resultantes das atividades desenvolvidas num determinado do período.
O aluno arquiva e apresenta as evidências das habilidades, atitudes e conhecimentos definidos durante um tempo, acompanhado pelo responsável pelo curso.
Assim, o Portfólio nada mais é, que um instrumento que compreende a compilação de todos os trabalhos realizados pelos estudantes durante um curso ou disciplina e  inclui registro de visitas, resumos de textos, projetos e relatórios de pesquisa, anotações de experiências, ensaios auto-reflexivos. Quaisquer tarefas que permitam aos alunos a discussão de como a experiência no curso ou disciplina mudou sua vida, seus hábitos de estudo, e/ou seus comportamentos
Um Portfólio tem como maior objetivo ajudar o estudante a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho.
É também um excelente instrumento que pode auxiliar na avaliação do impacto de programas educacionais.
Serve especialmente para:
• Demonstração, pelo estudante, de habilidades específicas, competências e valores.
• Reflexão e avaliação por parte do aluno sobre seu próprio aprendizado e o avalie.
• Explicação, pelo estudante, da natureza do trabalho e que tipo de desenvolvimento esta tarefa possibilitou, além do
• Fornecimento de retro-informação (“feedback”) para os estudantes, pelo professor ou comitê que se responsabiliza pela avaliação do Portfólio.
A proposta pode ter variações em sua apresentação, mas em geral contém: carta de apresentação, síntese e reflexão sobre leituras feitas e atividades desenvolvidas e apresentadas, documentação que evidencie o progresso, apresentado sob várias formas, desde projetos desenvolvidos em sala de aula como atividades conduzidas em escolas; amostras de ferramentas utilizadas para aprendizagens pretendidas; reflexão sobre o desenvolvimento do aprendizado e das formas utilizadas para tal.
O grande mérito do Portfólio é sua tendência a centrar a reflexão na prática já que esta é a referência para construção, reconstrução e socialização do conhecimento.
Ganha relevo a idéia de continuidade, formação, diálogo, construção-reconstrução que pode se caracterizar como uma forma alternativa de prover o estudante com um rol de atitudes encadeadas, que acumuladas demonstram se o objetivo final foi alcançado.
Um “menu” de possibilidades nas quais os alunos podem demonstrar ou evidenciar seus ganhos pode ser previsto e discutido no início do processo já que todas as atividades requerem muitas decisões e são sempre desafiadoras. Conduzindo à reflexões (Anson, 1994), eixo básico do processo e início do pensar criticamente a realidade, olhando-a com mais clareza, abrangência e profundidade, esta é uma forma rica de ampliar o conhecimento, analisar situações, observar contradições e superar problemas.
O uso do Portfólio pelo professor,  enquanto ação pedagógica  inserida no processo didático, supõe domínio do currículo, do processo de aprender e de ensinar e como analisar o conjunto daí oriundo. A sua implementação exige envolvimento e comprometimento, pois, de nada serve implantar um dispositivo sofisticado em uma pedagogia rudimentar (Gather e Perrenoud, 1988, Perrenoud, 1997).
Expor o aluno a uma variedade de situações suficientemente complexas que envolvam estimulação de uma variedade de inteligências além de verificar como as soluções são processadas (Gardner, 1995) é trabalho do avaliador quando se propõe a usar o Portfólio. A avaliação é mais efetiva quando o foco é direcionado para o desempenho da tarefa e para questões metacognitivas. O que importa é que através da coleta de informações sobre os tipos de projetos nos quais o aluno se envolve se faça o acompanhamento e se perceba que produtos foram alcançados.
A organização desses registros, ou a coleção das atividades desenvolvidas, na forma de Portfólio é uma parte reveladora do dossiê do aluno.
Gardner, (1995, p.191), apoiado por Wolf e colaboradores (1991) afirma que “a  maior parte do trabalho humano produtivo ocorre quando os indivíduos estão empenhados em projetos significativos e relativamente complexos que acontecem ao longo do tempo, são atraentes e motivadores e conduzem ao desenvolvimento do entendimento e da habilidade.”
Isto parece pertinente, pois trabalhar em um projeto envolve interação com outras pessoas, colegas que fazem esboços, discutem, decidem e realizam ações efetivas e professores que orientam, discutem caminhos, analisam e avaliam.  Contribuições diversas permitem alterar e refletir sobre aprendizagens ocorridas durante um certo tempo.
O aluno, ao registrar os seus trabalhos, está organizando um Processofólio  (Wolf et all, 1991) que posteriormente será triado para reunir, em um Portfólio, aqueles que melhor representem sua produção.
O Processofólio representa uma documentação importante para o aluno no qual registra todos os projetos, seus percalços, suas dificuldades, desde os planos iniciais e provisórios, pontos críticos e tentativas de superá-los, objetivos e competências que alcançou, o que gostou ou desgostou,  intervenções dos professores, além de novas propostas após avaliações.
Este trabalho é desenvolvido sempre durante a execução das tarefas e exige alguma forma de reflexão que objetiva ampliar a visão sobre o que foi feito. É a proposta de reconceitualização.
Embora seja de difícil aplicação e manejo em contextos amplos e apresente alguns riscos quanto às responsabilidades do aluno, é um instrumento especialmente útil. Cuidados relativos à dimensão, critérios, estágios e integração entre as atividades (como começam e se desenvolvem ao longo do ano) devem merecer cuidadosa atenção. Os registros do aluno devem ser respeitados em suas peculiaridades pois representam a forma de transpirar sua produção.
De tempos em tempos (negociado com os alunos) faz-se necessário uma apresentação do Portfólio aos colegas e orientadores. Comentários são tecidos a respeito do desenvolvimento do processo. O início pode parecer muito difícil mas com a experiência, os alunos vão aprimorando e desenvolvendo novas formas de se comunicar.
Ao escolher, no final do período, os trabalhos que representam sua melhor produção e montar o “Portfólio”  o aluno cria uma espécie de testemunha da sua ação em cada etapa da aprendizagem; é a memória de diversos momentos que envolve um inter-relacionamento dinâmico do psicológico com o pedagógico. Anseios, dificuldades, conquistas, formas de pensar, de ser, agir são mostradas. A característica de continuidade permite que ambos, professores e alunos, percebam os progressos individuais e coletivos.
Em termos práticos, a montagem de um Portfólio pode ser decomposto em passos ou etapas uma após a outra ou combinadas entre si (Shores e Grace, 2001):
1. Estabelecer uma política para Portfólio
2. Coletar amostra do trabalho
3. Fotografar
4. Entrevistar
5. Consultar os seus planos
6. Realizar registros sistemáticos
7. Preparar relatórios
8. Realizar registros
9. Conduzir reuniões para análise
10. Usar Portfólios em situações de transição (Processofólios)
Embora não sejam obrigatórias como um todo, cada etapa quando usada necessita de operações inseridas na dinâmica e na duração da ação permitindo feedback, para que ambos, professor e aluno situem-se em relação ao objetivo. Isso permite um encaminhamento de ajuste do processo.
O que se propõe com o portfólio é estabelecer um vínculo forte entre diagnóstico, processo e remedição, colocando a avaliação em todas as situações de interação professor aluno, o que também permite que o aluno regule seus processos de pensamento e aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) CORTESÃO, L. Avaliação formativa: que desafios? Portugal : Asa, 1993.
2) GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre : Artes Médicas, 1995. 
3) GATHER T. M.;  PERRENOUD, P. Savoir évaluer pour miex enseigner. Quelle formation de maêtres. Genéve, Service de la recherche sociologique, Cahier n.º 26, 1988.
4) PERRENOUD, P. Construire des compétences dés l’école. Paris: ESF Editeur, 1997.
5) PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Entre duas lógicas. Porto Alegre : Artes Médicas Sul, 1999. 
6) SHORES, E.; GRACE, C. Manual de portfólio: um guia passo a passo para o professor. Porto Alegre : Artmed, 2001.
7) WOLF, D. et.al. To use their minds well: investigating new forms of student assessment. In: G.Grant (ed). Review of research in education. Washington, D.C., v.17, p.31-74, 1991. 


Acessado em 19/02/2013

Portfólio e blog


COLÉGIO POLIVALENTE EDIVALDO BOAVENTURA
Disciplina:  LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA         Educador: MARCELINA ALMEIDA DIAS
Atividade: PORTFÓLIO VIRTUAL

“Portfólio, uma coleção dos trabalhos realizados pelo aluno, que permite acompanhar o seu desenvolvimento. Permite ainda analisar, avaliar, executar e apresentar produções resultantes das atividades desenvolvidas num determinado do período.” (fonte: retirado daqui)
http://deixadenerdice.com/2011/03/03/design-para-todos-portfolio-voce-ja-tem-o-seu/  www.blogspot.com
http://fazerblogs.com/como-criar-um-blog-blogspot/

1.    APRESENTAÇÃO 

O documento “Projeto Pedagógico – Marco Referencial” (Documentos da Rede – 01), especificamente o título III – Marco Operativo: Princípios Psicopedagógicos, §28, item B (p.15) aponta que as ações pedagógicas devem ser cuidadosamente planejadas quanto ao conteúdo e a forma, de tal maneira que professor e alunos compartilhem parcelas sempre maiores de significados em relação aos conteúdos do currículo escolar, entendendo-se que nesse processo professor e alunos trocam experiências e conhecimentos, enfim, aprendem e ensinam ao mesmo tempo. Nesta relação, o papel do professor é o de orientador das ações e de catalisador do conhecimento produzido.
Isto posto, apresentamos a proposta de construção do PORTFÓLIO VIRTUAL como instrumento de acompanhamento e avaliação de desempenho dos alunos na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura, e também como estratégia para o cumprimento dos eixos pedagógicos da RSE: aprender a aprender e aprender a fazer.

2. JUSTIFICATIVA: Por que o Portfólio Virtual?

De acordo com a Professora Maria de Lurdes Santos Gonçalves, da Universidade de Aveiro, Portugal:

O uso de portfólios de aprendizagem dá relevância e visibilidade ao processo formativo de aquisição, treino e desenvolvimento de competências.
O seu caráter compreensivo, de registro longitudinal, permite detectar dificuldades e agir em tempo útil, ajudando o aluno a melhorar.
Possibilita a compreensão tanto da complexidade, como das dinâmicas de flutuação do crescimento do saber pessoal.
Valoriza e fomenta a reflexão sobre aprendizagem, o que conduz ao desenvolvimento da meta-cognição e ao aprofundamento do autoconhecimento
Reflete também a identidade de cada aluno, de cada professor, em cada contexto, enquanto construtores do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua. (http://portfolio.alfarod.net/)

Em outras palavras, o Portfólio é um instrumento eficiente na aferição da aprendizagem que promove também uma interação afetiva entre professor e aluno, contribuindo para elevar a auto-estima de ambos diante dos resultados positivos alcançados.
Tradicionalmente, o portfólio é “descrito como uma coleção organizada e planeada de trabalhos produzidos pelo(s) aluno(s), ao longo de um determinado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem(Santos, Aveiro – Portugal). Geralmente, é apresentado em pasta seriada, em ordem cronológica e sequencial dos conteúdos, em conformidade com o plano de estudos e objetivos propostos.
Entretanto, esta é uma atividade que os alunos consideram desprazerosa, pois lhes exige tempo e dedicação aos estudos que têm como concorrentes imbatíveis os apelos mais atrativos da televisão e do computador.
A idéia do Portfólio Virtual não propõe apenas uma inovação tecnológica e moderna quanto ao formato, visa aprimorar a essência mesma do conhecimento. Trata-se de aplicar a tecnologia dos computadores e da internet na busca da informação e do conhecimento em extensão e profundidade. É, também, uma forma de qualificar o tempo que o aluno passa no computador em atividades estéreis e, na maioria das vezes, deletérias.
Enfim, trata-se de unir o útil ao agradável, transformando as redes sociais da Internet em “pátios virtuais”.


3. OBJETIVOS

3. 1 – Objetivo Geral:
  •   Ressignificar o uso do computador e suas ferramentas como “pátio, enquanto espaço simbólico de convivência e de vivência da alegria, que representa o lúdico” (pátio virtual)

3.2 – Objetivos Específicos:
  •   Desenvolver hábitos de estudo e pesquisa,
  •  Promover o protagonismo e a autonomia do aluno, como sujeito do processo de ensino e aprendizagem, construtor de si mesmo.

4. PÚBLICO-ALVO
  •   Alunos do 1º ano – EM

5. ESPAÇOS, RECURSOS, ESTRATÉGIAS:
  •   Sala de aula 
  •  Multimídia 
  •   Laboratório de Informática 
  •   Trabalhos cooperativos 
  •   Projetos temáticos interdisciplinares
  •   Fontes diversas: bibliografias específicas, jornalísticas, literárias, filmografias e iconográficas.

6. INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PORTFÓLIO VIRTUAL:            

COLÉGIO POLIVALENTE EDIVALDO BOAVENTURA
Disciplina:  LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA         Educador:  MARCELINA ALMEIDA DIAS
Atividade: INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PORTFÓLIO VIRTUAL

Caro(a) aluno(a),

Este ano, você fará um PORTFÓLIO VIRTUAL contendo relatórios, resumos e pesquisas sobre todos os assuntos trabalhados em cada aula. Portanto, você terá atividades para casa em todas as aulas de Língua Portuguesa e Literatura. Para fazer o seu PORTFOLIO, siga as instruções abaixo.

1) PARA QUE SERVE UM POTFÓLIO - o portfólio é uma estratégia que facilita a aprendizagem e permite a avaliação da mesma. Ele serve para o aluno demonstrar o que e como está aprendendo na sala de aula, produzindo sínteses (resumos, resenhas, relatórios) daquilo que ele estudou durante as aulas e em casa. Assim, no final do ano, o aluno terá um excelente material de estudo com todo o conteúdo, produzido por ele mesmo, e que pode ser útil para si e para outras pessoas, por muito tempo (como um álbum de família, ou um diário pessoal)

2) O QUE É UM PORTFÓLIO VIRTUAL – É uma página virtual (blog)  onde será postado todo o material produzido pelo estudante, em ordem cronológica (de acordo com as datas das aulas e os temas trabalhados, como um diário de classe).

3) O PORTFÓLIO VIRTUAL poderá ser feito:
  •   Individualmente; 
  •   Em duplas; 
  •   Em trios.

Observações: No caso de duplas e trios
1.    cada componente poderá postar seu material individualmente.
2.    o blog será administrado pelo “Anjo” da dupla ou trio.

4) COMO FAZER O PORTFÓLIO – fazer um PORTFÓLIO VIRTUAL de Língua Portuguesa e Literatura pode ser tão interessante e divertido quanto produzir um álbum de fotografias em porta-retrato eletrônico, um vídeo ou colecionar qualquer coisa em arquivos virtuais. Por isto siga as “dicas” abaixo:
  •  1º - Não falte às aulas; caso tenha que faltar peça ao seu Anjo ou Protegido para lhe repassar o assunto da aula perdida;
  • 2º - Anote em seu caderno de aula tudo que a professora explica e escreve no quadro (principalmente quando ela sugere outras fontes de pesquisa como filmes, revistas, jornais, etc.); 
  •  3º - Exponha suas dúvidas e/ou suas opiniões, assim você contribuirá para a aula ficar mais dinâmica; 
  •   4º - Em casa, faça a lápis no seu caderno de aula um resumo/ relatório de tudo que foi explicado na aula 
  •   5º - Poste o seu resumo/relatório no PORTFÓLIO VIRTUAL. Não se esqueça de por a data da aula e título (a professora sempre põe o título no quadro). 
  •   6º - Deixe o rascunho no caderno de aula, para discuti-lo na sala com os colegas e Professora na aula seguinte. 
  •   7º - Seja criativo: enriqueça o seu PORTFÓLIO VIRTUAL; pesquise sobre o assunto da aula em seu livro e em outras fontes; ponha fotos, gravuras, desenhos e vídeos que ilustrem o assunto trabalhado. 
  •   8º - Quanto mais caprichado for o seu PORTFÓLIO VIRTUAL, mais será valorizado. 
  •   9º - Quando tiver alguma dúvida, peça ajuda à sua professora na escola, ou aos pais em casa. 
  •   10º - O PORTIFÓLIO VIRTUAL é uma tarefa diária, não deixe acumular conteúdos.

5) AVALIAÇÃO    A professora acessará o seu PORTFÓLIO VIRTUAL ao longo de cada etapa, para avaliar o seu desempenho nas aulas, sem aviso prévio. Por isto, informe o endereço do seu Blog e mantenha o seu PORTFÓLIO VIRTUAL sempre atualizado.
  •   a nota do PORTFÓLIO VIRTUAL terá valor igual a 20% do total de pontos de cada etapa.